ABSTRACT
No presente trabalho nos propomos a refletir sobre a necessidade da existência de uma estrutura ministerial para os esportes. Para isso, apresentamos um levantamento sobre a localização do tema na estrutura governamental de outros países, bem como buscamos comentar e responder às considerações e críticas formuladas por Dias (2020). A partir da análise dos fundamentos da dinâmica capitalista, concluímos que o mercado não é capaz de garantir o acesso igualitário e universal ao esporte, e afirmamos a presença estatal como necessária para o processo de superação do sistema vigente. Por fim, indicamos o risco que representa as narrativas conservadoras e a-históricas, que em nome de um mal menor, e de uma suposta temperança política, nos convidam a abandonar projetos de transformação radical e aceitar a dura realidade como a melhor ou a única possível.
In this paper we propose to reflect on the existence of a ministerial structure for sports. For this, we present data on this theme in the governmental structure of other countries, as well as seeking to comment and respond to the considerations and formulated by Dias (2020). From the analysis of the fundamentals of capitalist dynamics, we conclude that the market is not able to guarantee equal and universal access to sport, and we affirm the state presence as necessary for the process of overcoming the current system. Finally, we indicate the risk posed by conservative and unhistorical narratives, which in the name of one of supposed political temperance, invite us to abandon projects of radical transformation and accept the harsh reality as the best or the only possible one.